DOFF 2024: Influenciador Raul Tabajara “detona” o evento – Confira!

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E… acabou o evento “Diversão Offline”, e eu queria deixar aqui meu textão detonando esse evento! Antes, um resumo simples do que é o DOFF: É um evento cujo objetivo é fomentar o mercado de jogos de tabuleiro, jogos de cartas, RPGs e brinquedos jogáveis, ou seja, toda diversão que é… Offline.

Ele está na sua nona edição e já é considerado o maior evento da América Latina no gênero. Esse ano o Diversão Offline ocupou todo espaço do salão de Eventos PróMagno, no bairro da casa Verde, zona norte de São Paulo: 5 mil metros quadrados preenchidos com estandes de editoras, fábricas e grupos indieGame.

E como foi a edição de 2024? bom, vamos por partes:

Primeiro, que todos os estandes de editoras e fábrica de jogos do evento (todos) tinham, no mínimo, 5 mesas com 4 cadeiras cada, ou umas 10 mesas circulares (dessas pra ficar de pé em volta). O que significa que você entrava em qualquer estande e JOGAVA!

Nada de estande só pra vender, como, infelizmente, tem se popularizado no meio Geek… Claro, todos vendiam. Mas em todos você jogava. E não eram mesas vazias… Foi incrível ver que pra cada mesa havia um assessor de jogos, ensinando a galera.

Agora, sabe quem não tinha mesa e cadeira? Estande pobre! Pois é, os grupos de game designer, galera que saiu da faculdade ou pessoas dispostas a criar jogos, com menos recursos financeiros, só tinham o seu micro estande de 1metro de largura, sem mesa pra jogar…

E é por isso que nos quatro espaços dedicados a grupos indies havia umas trinta mesas com quatro cadeiras cada, no centro do espaço. E, EM VOLTA ,ficavam as barracas de Indie-game.

Você falava com o grupo que criou um jogo, comprava dele e podia sentar ali pra jogar, ou, se o grupo tinha mais de uma pessoa, ele levava você pra cadeira e te ensinava o jogo dele.

Lá em conheci o pessoal da Maloca Games, que cria jogos “como uma ferramenta para combater o epistemicídio, a invisibilidade e a exclusão de culturas marginalizadas”, como afirmaram.

O jogo deles que mais gostei foi o “Galo da Madrugada”, um card game no qual o jogador é um promotor de eventos e o objetivo é criar o maior bloco de carnaval da temporada. É muito engraçado tirar a carta da “Elba Ramalho” do “Clovis Bornay” e colocar eles num trio elétrico pra “dançar umbigada” e “tocar um trompete”! Um jogo que usa as regras do antigo jogo “Mancala” e cujas regras presam muito pelo raciocínio lógico e a matemática.

Entre os espaços indie-games, havia um dedicado a jogos em processo de arrecadação de fundos. A Empresa Catarse alugou um BELO espaço, colocou ali dentro os projetos de jogos que estão atualmente em sua plataforma. Você poderia entrar, conhecer os criadores, jogar e se gostar, entrar no site a ajudar o financiamento coletivo do jogo!

Mas o evento não ficou restrito à compra e demonstração de jogos. Havia o espaço Maker! Uns sete estandes com impressoras 3D. Eles imprimiam ali, você comprava o boneco pro seu jogo e ganhava aula de pintura!

Havia um espaço pra umas trinta pessoas ficarem pintando, demorava um pouco, mas todos tiveram a chance de aprender a pintar e levar uma miniatura produzida ali. Era uma coisa bonita de ver (e tóxica, pra mim, que sou alérgico a tinta!),e por isso esse espaço ficava nos fundos!

Não bastasse tudo isso, como qualquer evento desses, estavam presentesas atrações internacionais e os famosos nacionais. Eu pude assistir a palestra da artista internacional Natalia Oracz, que faz pinturas ultrarrealistas em miniaturas. E, o Jovem Nerd, que estava lá para lançar o jogo de tabuleiro do Ozzob.

Esses momentos eram divididos em dois palcos diferentes, mas vou falar uma coisa interessante: O palco foi até um tanto dispensável pra esses momentos, já que os criadores de jogos e convidados estavam ali pra divulgar seus jogos, então, eles davam a palestra e, depois, iam para os estandes, para vender seus jogos e papear com a galera.

A pessoa saía, dava a palestra, e voltava pro estande. À parte disso, os palcos eram também aproveitados pelos desenvolvedores indie, que mostravam seus projetos para um público maior. Teve até uma partida de RPG nesses palcos.

Cosplays, comida, gente bacana e, por fim, falei que ia detonar o evento, e tô fazendo isso: espero que o evento exploda! (lembrado que explosão é algo que fica muito grande em muito pouco tempo). Sim, estou ansioso para o próximo.

Pra finalizar, eu gravei VÁRIOS vídeos lá, com a galera explicando seus jogos. Questão de editar e ir postado, com certeza aparecerão por aqui no Quebrando Controle, então, fique ligado.

Uma pena que tudo era tão legal e tão fácil de gravar que eu pensei “vou no estande dos amigos por último, vou conhecer gente nova aqui” e, em dois dias, não deu tempo de conversar nem com a metade da galera!

Torcendo pra que ano que vem esse evento aconteça em dois finais de semana!

Raul Tabajara é ilustrador, modelador 3D e game designer, com longa trajetória na produção de jogos no Brasil, e colabora com o Quebrando o Controle.

Imagem: fotomontagem