Como um dos esportes mais populares do mundo, o futebol sempre atrai muitos olhares. Por esse motivo, o patrocínio é um grande negócio, e quase todos os times de futebol do planeta têm algum tipo de patrocinador em sua camiseta (o último grande time do mundo sem patrocínio estampado em sua camisa foi o Barcelona). Hoje, há uma tendência de múltiplos patrocinadores até em grandes clubes internacionais. Não que isso seja novidade para nós, brasileiros… Vários dos times deste lado do Equador já aplicam uma enorme quantidade de patrocinadores em busca de reforço de caixa.
Bem, voltando ao nosso assunto e levando em consideração o tamanho da indústria dos jogos eletrônicos, não é de causar surpresa vermos que empresas de videogame há muito tempo perceberam os benefícios de ter sua marca estampada na camisa de um time de futebol de grande porte.
Este é o primeiro artigo de uma série, e vamos apresentar a vocês várias empresas de videogame que estamparam suas marcas e produtos em clubes ao redor do mundo. Gosta de futebol e de videogame? Esta série é para você! Acompanhe, pois cada artigo será publicado em sequência durante as próximas semanas.
Começaremos do início, com os patrocínios do Commodore/Amiga ao Chelsea e Bayern de Munique, ainda nos anos 1980, e ao Paris St. Germain, no início dos anos 1990.
PARTE 1 – COMMODORE/AMIGA
Na temporada de 1987/88, o fabricante de computadores Commodore, muito popular entre os gamers com o modelo C64, entrou no cenário do futebol com o patrocínio do clube londrino Chelsea FC. Embora tivesse algum prestígio, o Chelsea estava longe de ser a potência que se tornou nas mãos do multibilionário russo Roman Abramovich, que transformou o clube em uma força continental.
No entanto, a história dos patrocínios de empresas de games para times de futebol não foi muito exitosa inicialmente, já que o Chelsea acabou sendo rebaixado da primeira para a segunda divisão do campeonato inglês, que ainda não se chamava Premier League.

A equipe do Chelsea passou apenas uma temporada na Divisão 2, ganhando um retorno imediato à primeira divisão do futebol inglês, e a Commodore, famosa pelo computador doméstico C64, continuou seu apoio ao clube até a temporada 1992/93.
O patrocínio da Commodore não era exclusivo do Chelsea nos anos 80. A empresa de computação, no auge de seu sucesso, levou a marca para o exterior também, uma vez que acordos semelhantes de patrocínio foram fechados com o Bayern de Munique, ainda nos anos 1980, e com o Paris Saint Germain na temporada 1993/94.

Enquanto a Commodore foi estampada na camisa do Paris Saint Germain para a temporada 1993/94 na França, o logotipo na camisa do Chelsea mudou do nome do fabricante do computador para o de seu principal produto naqueles anos: a família de computadores domésticos conhecidos como “Amiga”. Na temporada final de patrocínio do clube pela Commodore, o time jogava com a palavra “Amiga” no peito e o logotipo ‘C’ (de Commodore) minúsculo logo acima do nome “Amiga”.
Semana que vem, continuaremos com a segunda parte de nosso especial, desta vez falando da Sega como patrocinadora de times de futebol.
Galeria de imagens
Imagens: acervo pessoal

Advogado, graduado em Direito pela Universidade de Fortaleza (2001) e Pós-Graduado em Direito Privado pela Universidade de Fortaleza (2003). Colecionador de jogos eletrônicos. Diretor Vice-Presidente da União Cearense de Gamers – UCEG. Sócio da Quebrando o Controle Entretenimento, diretor de administrativo, produtor e roteirista de jogos eletrônicos. É colunista do site de jogos eletrônicos www.quebrandocontrole.com.br e titular das colunas Manifesto Gamer e Contracapa e apresentador do programa Hidden Gems. É colunista do portal Achou Gastronomia e titular da coluna Vem Pra Mesa.