Quais são os principais resultados da 10ª edição da Pesquisa Game Brasil?

Foto : Pesquisa Game Brasil (PGB)
A 10ª edição da Pesquisa Game Brasil revelou que 70,1% da população brasileira joga algum tipo de jogo, com queda de 4,4 pontos percentuais em relação a 2022. No entanto, 82,1% dos entrevistados consideram jogar videogames como uma de suas principais formas de entretenimento. A pesquisa entrevistou 14.825 pessoas em 26 estados e no Distrito Federal durante janeiro de 2023.

Foto : Pesquisa Game Brasil (PGB)
Em termos de gênero, os homens são hoje a maioria dos gamers no Brasil, representando 53,8% contra 46,2% das mulheres. Isso porque as grandes editoras estão investindo mais na criação e lançamento de jogos em smartphones, atraindo mais gamers hardcore, que são em sua maioria homens, para a plataforma.

Foto : Pesquisa Game Brasil (PGB)
“O smartphone ganhou relevância em 2016, quando assumiu a liderança e se tornou uma das plataformas mais populares entre os jogadores no Brasil. Esse crescimento trouxe novas perspectivas de público que puderam, a partir de então, ter acesso e consumir jogos eletrônicos, consequentemente movimentando a indústria de games e democratizando o consumo de jogos no país”, analisa Carlos Silva, sócio da Go Gamers.

Foto : Pesquisa Game Brasil (PGB)
Em relação à idade, não há limite de idade para jogar videogames no Brasil, com jogadores encontrados em quase todas as faixas etárias. O maior público tem entre 25 e 29 anos, representando 16,2%, seguido por jovens adultos entre 20 e 24 anos, com 15,1%, e adultos entre 30 e 34 anos, com 16,1%.
“Boa parte da monetização dos jogos eletrônicos é feita por meio de um modelo freemium, no qual há a venda de itens virtuais, assinaturas, cancelamento de publicidade e entre outras formas de consumo. Os games são cada vez mais vendidos como serviços e não como produto, que era o principal modelo de negócio na década passada”, acrescenta Mauro Berimbau, Consultor da Go Gamers e professor da ESPM.
Em termos de etnia, a maioria dos jogadores brasileiros é negra, com 54,1% dos entrevistados se identificando como pretos ou pardos. Em termos de classe social, 65,7% dos jogadores brasileiros pertencem à classe média (B2, C1 e C2), enquanto 11,7% pertencem à classe média-alta (B1), 12,3% à classe alta (A) e 10,4% à classe baixa (D e E).
“Boa parte da monetização dos jogos eletrônicos é feita por meio de um modelo freemium, no qual há a venda de itens virtuais, assinaturas, cancelamento de publicidade e entre outras formas de consumo. Os games são cada vez mais vendidos como serviços e não como produto, que era o principal modelo de negócio na década passada”, acrescenta Mauro Berimbau, Consultor da Go Gamers e professor da ESPM.

Foto : Pesquisa Game Brasil (PGB)
“A evolução e crescimento dos eSports ganharam relevância a cada nova leitura da PGB desde 2016. Durante o período da pandemia (2020-2022), o consumo nesta categoria teve um aumento expressivo, fortalecendo este ecossistema e consolidando novos perfis de consumo: o jogador que pratica de maneira amadora ou competitiva e há também o público espectador, que assiste, torce e consome as diversas modalidades que existem”, conta Silva.
Por fim, os smartphones são a plataforma preferida para jogar no Brasil, com 51,7% dos entrevistados optando por essa opção. Os jogos de console são a segunda plataforma mais popular, com 20,5% das preferências, seguidos pelos PCs com 19,4%. Apesar disso, consoles e computadores são onde ocorrem sessões de jogos mais longas, com 38% dos jogadores de console e 32,9% dos jogadores de PC jogando por 1-3 horas, em comparação com 31,1% dos jogadores de smartphones.
Resumo:
10ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB) mostra que 82,1% afirmam que os jogos eletrônicos são uma das suas principais formas de diversão;
Smartphone dispara como plataforma favorita para jogar, com 51,7% de preferência. Consoles e computadores aparecem na sequência, com 20,5% e 19,4%, respectivamente;
O público masculino representa mais da metade (53,8%) dos gamers no Brasil. Desde 2016, a maior representatividade era do público feminino, que agora é de 46,2% segundo a 10ª edição da PGB;
Negros crescem como maioria étnica entre os jogadores (com 54,1% na soma entre pardos e pretos), seguidos por jogadores que se declaram brancos (com 42,2%);
Em constante crescimento, os eSports (esporte eletrônicos) são conhecidos por 82,9% dos gamers brasileiros e praticados por 48,8% deles;
Em painel inédito, o estudo revela que 58,3% dos gamers acreditam que o setor de jogos eletrônicos no Brasil oferece boas oportunidades de carreira;
PGB 2023 entrevistou 14.825 pessoas no Brasil, em 26 estados e no Distrito Federal, em janeiro deste ano.

Jornalista e blogueiro
“Em cada trabalho que deve ser feito, há um elemento de diversão.”