[BGS 2023] QUByte criou versão especial de 99 Vidas para jogar no console Mega Drive

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Durante a BGS 2023, que acontece entre os dias 11 a 15 de outubro, a QUByte Interactive, estúdio brasileiro com mais de 100 games no catálogo, divertiu o público presente à feira com uma novidade inesperada no estande: uma versão de seu jogo de sucesso, 99 Vidas, para o saudoso console Mega Drive.

O Quebrando o Controle conversou com Bruno Carvalho e Nicolas Takada, que recepcionavam o público no belo estande da empresa, no evento, para saber mais detalhes sobre essa curiosidade.

“Na BGS, a gente trouxe uma coisa exclusiva para o evento, que é uma versão do 99 Vidas para o Mega Drive, que a gente está chamando de ‘Mega 99 Vidas'”, explicou, com empolgação, Nicolas. “É uma versão ainda em desenvolvimento, então, ainda tem algumas coisinhas que a gente está modificando, mas a gente quis trazer essa surpresa pro pessoal que ama, que gosta do título, ter esse gostinho também aqui na BGS”, complementou.

“A ideia do próprio 99 Vidas, na concepção, era remeter a essa jogatina dos Beat’em Ups dos 16 bits e, claro, jogos como Streets of Rage e Golden Axe foram inspirações pra gente”, comentou Bruno Carvalho, um dos produtores diretamente envolvidos com a conversão do projeto para o console. “A gente cresceu jogando esses jogos, e a gente falou ‘poxa, seria tão legal se a gente conseguisse trazer essa experiência do 99 Vidas para o Mega Drive, fazendo uma retro-homenagem, e a gente falou ‘pô, porque não? Vamos tentar””, detalhou, no bate-papo.

O resultado foi a criação de uma demo que oferece aos jogadores o primeiro estágio completo do game original, a partir da contribuição do parceiro Mauro Xavier, responsável pela adaptação disponível na BGS.

“Quem sabe a gente não consegue fazer uma seção completa, com cartuchinho, e lançar para o Mega Drive, com caixinha, como todo mundo merece”, afirmou, com entusiasmo.

Segundo Bruno, a apresentação do game na feira tem o objetivo de testar a receptividade do público para avaliar, com base nesseas informações, a possibilidade de produção e lançamento oficial do item.

O código original, comentou, precisou ser reescrito, considerando a incompatibilidade previsível entre o game atual e a plataforma do console do início dos anos 1990. Da mesma forma, o visual passou por adaptações, tendo em vista a limitação de apenas 512 cores do Mega Drive contra as milhões de nuances de cor para os sistemas atuais.

“A arte do original não ‘cabe’ [para a produção retrô], e a gente teve que fazer uma adaptação”, rememorou. “Os jogos modernos têm display wide screen, e no Mega Drive, a proporção é 4×3, então, você tem que retrabalhar os objetos e inimigos em tela, para fazer a versão dessa realidade. O trabalho é bem complexo, mas a gente faz com muito amor, porque a gente quer fazer acontecer”, destacou.

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