São poucos os títulos de investigação que foram lançados atualmente, na verdade, no que eu me lembro, os jogos “investigativos” que acabei por jogar foram os famosos point-and-click dos anos de 1990. E Between Horizons tem uma máquina bem interessante nesta questão.
Entendendo um pouco Between Horizons
Nascida a bordo do Zephyr 24 anos atrás e recentemente nomeada Chefe de Segurança, herdando o cargo de seu pai.
A Zephyr é a primeira nave geracional da humanidade, em rota para outra estrela. A exploração espacial se torna possível através desse conceito, idealizado pela NASA e cientistas como a forma mais plausível de viajar entre estrelas. Sem tecnologia para velocidades próximas à luz, gerações de exploradores nascem e morrem durante a longa jornada.
Na ficção científica, encontramos exemplos intrigantes desse conceito, como nos livros e filmes Passagers, Pandorum e Wall-E. Between Horizons te convida a mergulhar nessa temática instigante em um novo universo de jogo.
Gerações de insatisfação
O jogador assume o controle de Stella, Vice-Chefe de Segurança sob o comando de seu pai, William. Ao presenciar uma figura misteriosa na sala de servidores, Stella e William partem em perseguição.
William fica preso sob uma porta de compartimento e é morto, enquanto o estranho foge sem ser identificado. Stella é promovida a Chefe de Segurança e se torna a principal investigadora dos casos relacionados aos residentes insatisfeitos do Zephyr.
A cada passo dado, o jogador desvenda a complexa cadeia de conspiração que permeia a Zephyr. Nem todos a bordo estão contentes com o status quo. Uma nota escondida em uma parede revela um grupo secreto buscando apoio e organizando reuniões clandestinas para expressar sua insatisfação com as regras da nave e seus líderes.
A Capitão do Zephyr incumbiu Stella de localizar e desarticular essa operação clandestina antes que causem danos à missão. A investigação revela cada vez mais mistérios e aumenta a tensão. A narrativa da missão geracional da nave é interessante, mas poderia ter sido mais aprofundada. Da mesma forma, a conexão pessoal com os personagens poderia ser mais forte para criar um maior senso de pertencimento e equilíbrio na história.
Uma simplicidade em jogabilidade
Antes da morte do pai de Stella, o jogador é guiado através dos elementos básicos da jogabilidade e da investigação. O título faz jus aos clássicos point-and-clicks dos anos 90, exigindo que você examine cada canto da nave para desvendar os próximos passos.
Os quebra-cabeças desafiam Stella – e o jogador – a pensar estrategicamente. Cada enigma exige uma análise cuidadosa e soluções criativas para progredir na história.
A Zephyr
O design cilíndrico da Zephyr torna a navegação intrigante. Caminhar em qualquer direção leva você de volta ao ponto de partida, garantindo que você nunca esteja muito longe de seu objetivo. Estações de trânsito facilitam o deslocamento entre áreas importantes, enquanto elevadores e escadas conectam os diferentes níveis.
Embora o layout seja simples, a navegação exige atenção. Sem marcadores de missão, você depende de notas de casos e registros de conversas para determinar seus próximos passos. A nave revela novos setores gradualmente, começando pela ala de Comando e expandindo para áreas Biológicas.
Encontrar certos personagens pode ser desafiador, mesmo com a ajuda de colegas. Essa dificuldade reflete um processo de investigação realista, mas poderia ser simplificada em um ambiente futurista como o da nave.
As investigações
O jogador controlando a personagem vai investigando e desvendando casos através do PDA de Stella. Achando respostas a diversas perguntas, conversando com personagens, escaneando a área e examine as evidências. Apresentando as pistas aos personagens e observe suas reações.
Lógica e matemática são ferramentas essenciais. Resolva problemas matemáticos, analise símbolos e códigos. O PDA organiza pistas, entrevistas e outros elementos importantes.
Cada caso exige atenção aos detalhes, raciocínio lógico e aplicação de conhecimentos matemáticos. Desvendar os mistérios proporciona uma sensação de conquista e recompensa.
A falta de randomização nos códigos e soluções pode tornar a repetição do jogo menos interessante. A maioria das soluções exige dedução lógica, eliminando possibilidades até encontrar a resposta correta.
Between Horizons convida você a usar suas habilidades de investigação e raciocínio para desvendar os segredos da Zephyr. Prepare-se para uma jornada desafiadora e gratificante!
E no mais
O fator replay neste tipo de jogo não é o ponto forte. É aquele gênero, assim como os point-and-clicks, que serve para ser jogado uma vez e outra depois de uns dois ou três anos.
Ainda assim, Between Horizons é um título que vale a pena a conferida, caso você seja fã dos títulos da LucasArts ou que gosta de passar um bom tempo quebrando a cabeça.
Você pode encontrar o jogo no Steam.
A Comunidade Mega Drive recebeu uma key para o review do jogo.
Este ser é um viciado em games, sejam de consoles, sejam de PC’s e tem uma paixão arrebatadora em Tecnologia, aficionado em filmes dos anos 1980 e 1990, ele pode não se lembrar o nome do diretor, do filme ou do ator, mas quando tem opinião ele fala mesmo! SegaManiaco de Coração, ele também bate ponto nos sites, Marketing & Games, GeekBlast e Comunidade Mega Drive! Steam: danielgfm; Live: danielgfm; PSN: danielgfm