E digo mais: apesar de a força motriz da indústria ainda estar focada nos jogos chamados Triple A, que vêm de grandes estúdios como a Bandai Namco, Capcom, Square Enix, Sega, Sony, Microsoft, Nintendo e todas as demais, os títulos que mais arrebatam os jogadores não vêm dessas ditas grandes empresas.
Por mais que fiquemos no aguardo de jogos de franquias consagradas, tais quais Resident Evil, Dead Space, Silent Hill, FIFA Soccer (que não existe mais), GTA, Gran Turismo, Forza, Gears of War, God of War e outras tantas, os títulos que são baseados nessas franquias, muitas vezes, nos dias de hoje, não vão ao encontro de um público tão entusiasmado quanto os hits que os indies conseguem colocar, algumas vezes ao ano, nas prateleiras digitais do Steam, GOG, Epic, Live, PSN e eShop, sem contar também o que sai no Google Play e na App Store.
Não sei quanto a vocês, mas fui ver os títulos que joguei até agora neste ano de 2024 e a quantidade de jogos indies que tive o prazer, e o desprazer, de jogar supera, em muito, os Triple A das empresas consagradas.
Quantos jogos foram?
Indies – 42 jogos
- New Circle
- The Invencible
- Geometry Survivor
- Corponation
- Speed Crew
- SOS OPS!
- Dirty Dirty Pirates
- UNDER NIGHT IN-BIRTH II SYS: Celes
- RallyAllyAlly
- Turlock Holmes
- Furnish Master
- Enshrouded
- Vox Populi Brasil 2022
- The Thaumaturge
- Thyria
- Dwarven Realms
- United Penguim Kingdom
- Capital Fire
- Lightyear Frontier
- Inspect Schmidt
- Real State Simulator
- Project Astra Dominium
- Between Horizons
- Mullet Madjack
- A Game’s Tale
- V Rising
- Last Hope Bunker: Zombie Survival
- Len’s Island
- The Rogue Prince of Persia
- Galactic Glitch
- Scarlet Tower
- Night of the Dead
- Mind Beneath Us
- Core Keeper
- Elsie
- Bo: Path of Teal Lotus
- A Star Named EOS
- FrostPunk 2
- Halls of Torment
- 13z
- Sylvio: Black Waters
- Drive Rally
Triple A – 7 jogos
- Tekken 8
- Top Racer Collection
- House Flipper 2
- Sand Land
- Horizon Chase 2
- Remnant II
- Synduality
Já dá para perceber a diferença brutal na quantidade de títulos que vim a jogar. Claro que todos eles foram por conta de reviews que venho fazendo há cerca de dois anos, mas mesmo recebendo keys de Triple A ou de estúdios relativamente grandes, acabei me focando menos na jogatina dos jogos dessas empresas do que nos títulos indies.
Mas porque os indies seriam a salvação?
Pelo simples fato de que as empresas ou estúdios menores podem ousar mais, isto é, pegar aquela ideia que tinham na cabeça e tentar passar para o papel, ou, neste caso, para os bits e bytes, para que os possíveis jogadores possam comprar o título e ver se aquilo que está sendo vendido convence o mercado como um todo.
As grandes empresas, atualmente, estão extremamente focadas em ter o máximo de retorno financeiro de suas franquias consagradas e, muitas vezes, os jogos que vemos anualmente ou bianualmente não passam aquela sensação de evolução, parecendo mais uma reskin de algo que já existia.
Sem contar o quão sem número de DLCs que as empresas planejam vender de um projeto picotado, ordinariamente, para tentar vender um pouco mais e, no final, acabam desagradando gregos e troianos, não é mesmo, Electronic Arts? Empresa safadenha que vende The Sims 4 base com pouca coisa e cada expansão e DLC custando um rim, um baço e duas córneas.
Ah, me lembrei de outra coisa agora, quando estava aqui colocando as imagens. EU TENHO O THE SIMS 4 ORIGINAL E NÃO CONSIGO RODAR NO WINDOWS 11. As empresas vendem os jogos e, literalmente, não se importam que o mesmo seja compatível com os sistemas operacionais futuros para quem usa PC Windows. Paguei R$ 99,00 pelo produto a toa!
Como os estúdios indies têm apenas uma só chance, na maioria das vezes, as empresas acabam apostando em alguma mecânica diferenciada para aparecer mais do que os demais. Mas, claro, nem sempre isso acontece ou, algumas vezes, os jogos saem por demais cagados para dar alguma chance.
Existem indies e indies
Assim como as grandes empresas, também temos estúdios indies que fazem alguns jogos que nem o Sonic ajuda. Durante estes dois anos voltando a fazer reviews de jogos, houve alguns títulos que foram uma bela tortura jogar, seja pelo jogo ser ruim ou pela péssima otimização por parte do desenvolvedor.
Uma coisa é dar uma chance a alguém para aparecer e se estabelecer no mundo dos jogos eletrônicos; outra é passar o pano quando o título não é divertido, é mal trabalhado, mal projetado e, O PIOR, mal otimizado. Uma crítica não pode ser apenas positiva; se o jogo é ruim, temos de falar e pronto. É assim que aprimoramos os jogos futuros que aquele indie está produzindo.
Em contrapartida, há aqueles indies que fazem um jogo tão redondo, tão belo, tão bem trabalhado que até parece que foi feito por uma equipe nível Rockstar, ou mesmo que, sendo feito por apenas uma pessoa, é tão bem elaborado que parece um projeto feito por grandes desenvolvedores dos anos 1980 e 1990.
Não se fie nas grandes empresas, que muitas vezes trazem um jogo tão mal otimizado e ficam por isso mesmo, ou que seguem um caminho para agradar não o consumidor, mas o investidor, ao ponto de termos o que temos com jogos como Assassin’s Creed: Shadows, adiado, ou o já cancelado Concord.
Aposte e dê suporte aos indies.
Imagem de capa: Reddit
Este ser é um viciado em games, sejam de consoles, sejam de PC’s e tem uma paixão arrebatadora em Tecnologia, aficionado em filmes dos anos 1980 e 1990, ele pode não se lembrar o nome do diretor, do filme ou do ator, mas quando tem opinião ele fala mesmo! SegaManiaco de Coração, ele também bate ponto nos sites, Marketing & Games, GeekBlast e Comunidade Mega Drive! Steam: danielgfm; Live: danielgfm; PSN: danielgfm