O game designer, ilustrador e artista de motion graphics Raul Tabajara comunicou, recentemente, que está escrevendo o primeiro livro sobre sua trajetória na produção de games, cujo título, até o momento, é ‘Indiegame: guia de sobrevivência’.
A informação surgiu em uma postagem na rede social Facebook, onde o desenvolvedor relata uma curiosa história sobre um vendedor de sapatos em uma plataforma online. Ao final da narrativa, Raul escreveu: “Essa história não tem, necessariamente uma conclusão. Eu lembrei dela porque atualmente (e finalmente) eu estou escrevendo meu livro! E ao rever algumas anotações da época da Carranca Games eu achei essa anotação. E como meu livro fala de produção de jogos, e não como ser um empresário ou como achar um produto, estou postando aqui!”.
Por fim, o artista entrega o título da obra em produção: “E, é claro que meu livro já tem um nome. ‘Indiegame: guia de sobrevivência’; até o final do ano, acho que estará pronto”, declarou.
Raul Tabajara tem um vasto histórico na criação de games e de artes para jogos digitais, em um currículo que remonta os anos 90, quando criou a primeira arte digital brasileira para o console Mega Drive japonês, utilizando um programa de ilustração digital brasileiro, como conta neste artigo de 2024.
“O meu primeiro trabalho com games (remunerado e publicado) foi um pixelart do ‘Sonic: the Hedgehog'”, afirmou o ilustrador. O texto original de Raul Tabajara sobre o assunto foi registrado em uma postagem pessoal no Facebook, mas não está mais disponível para acesso.
“Durante 25 anos de carreira como ilustrador eu passei por muitos tipos de profissão”, explicou o ilustrador, em conversa com o Quebrando o Controle. “Eu comecei trabalhando com gráfica, maquinário gráfico, offset mesmo, aí, eu sai da gráfica e fui diagramador de jornal de bairro, depois eu fui designer de uma agência de publicidade, depois, ilustrador de agência”, comentou, destacando a importância da resiliência e versatilidade dos criadores par o mercado de produção artística e trajetória que fez dele um profissional completo em muitas áreas do design visual.
“Já modelei dinossauro pra museu. Ja fui storyboarder de produtora de TV. Fiz animação pra TV. Fiz comercial de TV, sempre trabalhando com desenho, 3D, e criação em geral, e nunca mudei de profissão porque quis outro objetivo… eu saí de designer de mídia impressa pra storyboarder porque o mercado estava mudando e eu não estava me encaixando, saí de animação de comercial de TV pra Indiegame, porque o governo tinha criado uma lei que proibia animação em comercial e o mercado estava indo pro buraco, aí achei o game, que precisava de gente criativa”, relatou, continuando.
“Ou seja, eu chamo de guia de sobrevivência porque é literalmente isso: são histórias de como tive que me reinventar cada vez que eu ia pra uma profissão nova e como trabalhar com storyboarder, por exemplo, me ajudou a criar roteiro pra games, como trabalhar em gráfica me ajudou a pensar na produção de cardgame”, exemplificou.
Raul continua produzindo artes digitais e desenvovledo jogos, a exemplo de Masmorra da Tortura, ealizado em parceria com Monique Moon, em 2017, e projetos como Kaiju e Zumbi Olé, entre outros. Atualmente, o profissional produz jogos na Fanatee, desenvolvedora de games como CodyCross e Arena of Dreams.
Interessados podem conhecer um pouco mais sobre o designer e seus trabalhos em seu site oficial.
Imagem: fotomontagem

Idealizador do projeto Indie Brasilis, ex-editor e atual colaborador do Quebrando o Controle, o jornalista se diz um Geek assumido e fanático por RPG e Dungeons & Dragons. O profissional atua desde 2007 no jornalismo de games, com passagens pelos veículos Portal GeeK, Game Cultura, GameStorming, Rádio Geek e Drops de Jogos, entre outros.